“O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam”.
Para falar da pluralidade de estéticas, diversidade de linguagens e dos variados modos de produção do teatro mineiro, melhor referência do que nosso inesquecível e genial Guimarães Rosa não há. Assim também, as formas do fazer teatral nas gerais “não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando”.
Local e universal este nosso teatro retrata a identidade mineira e proporciona ao mesmo tempo desenvolvimento humano com sensibilidade artística.
Tudo começou com o anonimato, nem mesmo o mais certo homem de teatro que ainda vinha a ser empossado para subir aos palcos, se reconheceria. É a velha e sabia a voz do teatro, a pausa sagrada, para a ação cênica. Após 25 anos de carreira, entre grandiosos mestres do teatro mineiro, me reconheço para além das montanhas de Minas Gerais, onde os olhos dos espectadores e colegas fazedores de teatro, sempre reconhecem a carpintaria cênica, lapidada em Minas. Apenas mais uma pausa...é preciso reaprender a criação coletiva, a escuta, a troca para que o trabalho destes homens de teatro, tenham garantia de sua qualidade artística, continuidade através do trabalho de grupo e da garantia dos mecanismos conquistados através das políticas públicas de fomento, para irmos enfrente e abrindo caminhos para outras e outras gerações de fazedores da cena teatral mineira. A voz teatro mineiro merece uma grande escuta!