Teatro Marília recebe a peça ‘Um Interlúdio: A Morte e a Donzela’

Espetáculo comemorativo das três décadas do Grupo Teatral Encena fica em cartaz até dia 30 de outubro

Depois da bem-sucedida temporada de estreia, o Grupo Teatral Encena leva seu novo espetáculo “Um Interlúdio: A Morte e a Donzela” para o Teatro Marília. Com direção de Wilson Oliveira e elenco formado por Christiane Antuña, Gustavo Werneck, e Nivaldo Pedrosa, “Um Interlúdio: A Morte e a Donzela” permanece em cartaz no Teatro Marília até o dia 30 de outubro, com apresentações às sextas-feiras e sábados, a partir das 20h30, e aos domingos às 19h.

A montagem de “Um Interlúdio: A Morte e a Donzela” é inspirada na obra do renomado autor chileno Ariel Dorfman, tem argumento forte e inteligente capaz de travar um embate psicológico tenso e dramático que traduz um retrato da natureza humana.   O espetáculo é um suspense psicológico que gira em torno de uma mulher que acredita ter reencontrado, após 15 anos, o homem que a torturou. O espetáculo faz uma reflexão sobre as violações dos direitos humanos e foi encenada em 93 países e filmada -com sucesso- em 1994 pelo diretor vencedor do Oscar Roman Polanski.

O Grupo Teatral Encena comemora 30 anos. Durante sua trajetória, marcou a cena mineira com espetáculos de grande repercussão, como “A Lira dos 20 Anos”, “Inimigos de Classe”, “Eu Te Amo Ditadura”, “O Beijo no Asfalto”, “Algo em Comum”, “Uma Relação Pornográfica”, “O Tempo e os Conways”, “Flicts”, e “Nossa Cidade” e agora, o Encena estreia seu 18º espetáculo: “Um Interlúdio: A Morte e a Donzela”.        

Sinopse

Christiane Antuña, Gustavo Werneck e Nivaldo Pedrosa são os protagonistas dessa peça, verdadeiro thriller amplamente aclamado pela crítica e dirigido pelo vencedor do Prêmio Sinparc de Melhor Direção Wilson Oliveira. Em uma casa de praia distante, um casal recebe a visita inesperada de um homem. Esse é o estopim de um intenso jogo psicológico entre uma mulher que jura ter reencontrado o grande carrasco de sua vida e decide julgá-lo e fazer justiça, o marido que considera a sua atitude precipitada e o acusado que alega inocência. Quem está com a razão?

A montagem

Inspirados pelo texto dramatúrgico de Ariel Dorfman e roteiro do filme de Roman Polanski e ambientada em algum país latino-americano, pouco depois do fim de uma ditadura militar, a montagem propõe uma reflexão sobre a restrição da liberdade individual e suas consequências, e também sobre a fragilidade do homem diante do aparato do Estado.  A Comissão Nacional da Verdade e a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça em plena atividade no Brasil atestam a atualidade do tema.  

Na direção, Wilson Oliveira amplia o espaço da cena, acentuando a solidão do indivíduo ao dinamizar as ações rápidas, e por vezes fugazes, que acentuam a incerteza das lembranças e a violência dos acontecimentos.  A luz difusa transforma-se em focos rigidamente definidos nos ambientes isolados propostos pela cenografia de Ed Andrade e Bruna Cosfer.  A música de Schubert “A Morte e a Donzela” perpassa um ambiente inicialmente realista que ganha ares de nonsense ao transformar uma casa aconchegante e tranquila, num lugar inóspito, onde a desconfiança se instaura. As cenas acontecem

simultaneamente, num jogo cênico, onde uma parte, por vezes, pode complementar a outra.

“A Morte e a Donzela”foi motivo de inspiração comum na Renascença (na pintura de Hans Baldung Grien) e no Romantismo (do compositor Franz Schubert) e desses artistas busca inspiração para a construção dessa encenação.

Grupo Teatral Encena – 30 Anos

A montagem desse espetáculo marca as comemorações de 30 anos de atividades do ENCENA, um dos mais importantes grupos teatrais de Belo Horizonte. A companhia

desenvolve a sua pesquisa ligada a temas urbanos, relações de poder e conta ainda com artistas da sua formação inicial, acrescidos de jovens atores convidados a cada nova produção.

SERVIÇO:

“Um Interlúdio: A Morte e a Donzela”
Grupo Teatro Encena – 30 Anos
Data: programação até 30 de Outubro de 2016
Local: Teatro Marília
Endereço: Av. Alfredo Balena, 586 – Centro – Belo Horizonte
Telefone: (31) 32774697
Horário: sexta e sábado 20h30, domingos 19h
Ingressos: Inteira R$30,00 Meia R$15,00 Postos do Sinparc R$12,00
Duração: 90 minutos

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