Barca dos corações partidos faz um "auê" em BH

No dicionário, auê significa farra, tumulto, confusão ou barulho causado por uma algazarra. Em cena, a companhia Barca dos Corações Partidos – forjada nas montagens de ‘Gonzagão – A Lenda’ e ‘Ópera do Malandro’ – apresenta 21 canções autorais e inéditas, em um espetáculo que mescla teatro, dança, performance e, claro, música. Criada em processo coletivo com a diretora Duda Maia, a encenação utiliza as letras como dramaturgia e os oito atores/cantores ainda são responsáveis por tocar todos os instrumentos ao vivo nesta verdadeira farra teatral. A idealização do projeto é fruto da parceria do grupo com a Sarau Agência, da produtora Andréa Alves, também responsável pelas outras montagens. O espetáculo “Auê” faz duas apresentações no Sesc Palladium, dias 5 e 6 de agosto, sexta e sábado, às 21h. 

O repertório faz jus ao nome da companhia e traz uma leva de canções cujo tema principal é o amor e todas as suas dores e delícias.  As músicas foram compostas pelos atores da Barca (Adren Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Laila Gabin, Renato Luciano, Ricca Barros) e alguns colaboradores, como o cantor e compositor Moyseis Marques, que protagonizou a ‘Ópera do Malandro’ com eles, e Laila Garin, atriz de ‘Elis – A Musical ’. 

As composições foram produzidas nas muitas excursões da trupe e ‘apresentadas’ em ônibus, vans e camarins Brasil afora. Quando começaram a pensar no próximo espetáculo, foi percebido o rico material autoral que tinham em mãos. Em um processo que durou cerca de seis meses, o grupo selecionou algumas músicas, compôs outras e contaram com o retorno de Duda Maia, diretora de movimento de ‘Gonzagão’, que agora assume a direção geral.

‘As canções são altamente teatrais e a companhia já tem uma ligação muito forte, uma identidade. O desafio foi potencializar este encontro e integrar os instrumentos ao que acontece em cena. Brincamos ao falar que eles ‘vestem’ os instrumentos. Não é simplesmente pegar o instrumento e tocar, não é um show. A ideia é que tudo aconteça de forma natural, integrada à cena’, explica Duda, que ressalta o intenso trabalho corporal (‘não se deve confundir com força ou vigor’) do grupo.

Seguindo o conceito principal do trabalho, os atores promovem uma verdadeira celebração musical – ou um auê, como preferir – no palco. Ao longo dos números, a diversidade musical e rítmica das canções fica explícita nos arranjos assinados por Alfredo Del-Penho e Beto Lemos, que passam por samba de roda, baião, rock, valsa, ijexá, maracatu e coco. ‘A musicalidade da peça é uma grande homenagem à cultura musical brasileira, os ritmos dialogam com dança e teatro o tempo todo’, resume a diretora.

 

O espetáculo AUÊ está indicado em 5 categorias no Prêmio Cesgranrio

Melhor Espetáculo, Melhor Direção – Duda Maia, Melhor Direção Musical – Alfredo Del-Penho e Beto Lemos, Melhor Figurino – Kika Lopes e Categoria Especial – Elenco de Auê

 

O espetáculo AUÊ está indicado em 3 categorias no Prêmio Shell

Melhor Direção - Duda Maia, Melhor Iluminação - Renato Machado e Melhor Música: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos

 

Serviço: “Auê”

Duração:  90 minutos/ Classificação: 12 anos

Dias/horários: 5 e 6 de agosto, sexta e sábado, às 21h

Local: Sesc Palladium: Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro 

Ingressos: Plateia 1 - R$60,00 (inteira) - R$ 30,00 (meia) - Plateia 2 - R$50,00 (inteira) - R$ 25,00 (meia) - Plateia 3 - R$30,00 (inteira) - R$ 15,00 (meia) 

Vendas: bilheteria do teatro - www.ingresso.com

Meia entrada válida para: maiores de 60 anos. E para estudantes devidamente identificados, válida até 40% dos ingressos vendáveis do teatro (conforme DECRETO no 8.537, de 05 de outubro de 2015). 

 

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