Evento acontece nesta terça-feira (8), às 20h, no Teatro Espanca!
A Janela de Dramaturgia é uma mostra de textos teatrais inéditos de autoras e autores contemporâneos. Consolidada na capital mineira como um importante espaço de difusão, fomento e crítica da nova dramaturgia, a mostra se dá através de leituras dramáticas seguidas de bate-papo com seus autores. A sessão deste mês apresenta os textos Memória da Alma, de Fabiano Barros, e O Papalagui, de Ivana Andrés e Luciano Luppi. Ingressos disponíveis a 5 reais na bilheteria do Teatro.
Esse ano a mostra reúne dez textos inéditos de autores de diferentes regiões do país – critério primeiro que dirigiu a curadoria da edição, realizada pelos organizadores do projeto Sara Pinheiro e Vinícius Souza, e pelos artistas convidados Daniel Toledo e Eid Ribeiro. Além da diversidade geográfica, a qualidade artística e a disparidade formal e temática entre os textos foram bases para a composição desta mostra, após o recebimento de quase setecentos materiais vindos de vinte e quatro estados do país.
Inicialmente voltado para a produção mineira, o projeto já recebe desde a sua última edição dramaturgos de outras regiões do país e da América Latina. A proposta do projeto é expandir e ventilar as paisagens dramatúrgicas do nosso tempo.
Memória da Alma
Fabiano Barros (Porto Velho/RO)
Em uma cela de cadeia: um diálogo entre uma mãe e seu filho de 18 anos que acabou de ser preso por ser acusado de assassinar várias crianças e seu pai. Segundo texto de uma trilogia que se apropria de três patologias ligadas à mente humana, Memória da alma é um convite a percorrer a construção da lembrança, sua instabilidade e sua perda.
Fabiano Barros é natural de Recife e radicado em Rondônia desde 1999, iniciou seus trabalhos com teatro ainda em Pernambuco. Dirige a Cia de Artes Fiasco, que atua há quinze anos nas Artes Cênicas em Porto Velho; escreveu cerca de vinte textos de teatro. Já participou de diversas curadorias de projetos nacionais como: Palco Giratório, Prêmio Myriam Muniz, Jovens Dramaturgos, entre outros. Atualmente pesquisa as lendas amazônicas trazendo um olhar humanizado das mesmas para sua dramaturgia.
O Papalagui
Ivana Andrés e Luciano Luppi (Belo Horizonte/MG)
O cacique Tuiávii, a bordo de um navio guiado por europeus, conta o que viu e pensou do “mundo civilizado”. O papalagui, que significa “homem branco”, é inspirado no livro homônimo do alemão Erich Scheurmann e escrito para ser encenado por atores e bonecos.
Luciano Luppi é ator, autor e diretor de teatro desde 1969. Tem participação incessante nos movimentos artísticos e culturais incluindo ópera, dança, televisão e cinema. Autor de mais de 12 textos adultos e infantis encenados em Belo Horizonte e em diferentes partes do Brasil. Já recebeu, junto com Ivana Andrés, o Prêmio de Melhor Texto Infantil Usiminas/Sinparc por sua adaptação, em 2003, de O Rei de Quase Tudo. Ivana Andrés é artista plástica, dramaturga, cenógrafa e aderecista desde 1975 e cantora da MPB desde 1986. É atriz desde 1991. Autora de 9 textos encenados em Belo Horizonte e em outros estados. Já recebeu o Troféu Fundacen de melhor trilha sonora pelo espetáculo Vida de Cachorro, de sua autoria, em 1988.
SERVIÇO
5ª Janela de Dramaturgia
08 de novembro, terça, 20h
Leitura:
MEMÓRIA DA ALMA
Fabiano Barros (Porto Velho/RO)
O PAPALAGUI
Ivana Andrés e Luciano Luppi (BH/MG)
Bate-papo com os autores
Debatedora convidada: Soraya Martins
Mediação: Luciana Romagnolli
Teatro Espanca!
Rua Aarão Reis, 542, Centro - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 5