“Calor na Bacurinha” inicia sua temporada de apresentações no VAC

Com diferentes facetas, o feminismo vem aumentando o seu espaço no teatro alternativo desde a revolução teatral pós 1968
 
Mulheres, atrizes e ativistas muitas vezes lançam mão da ironia e do deboche para questionar as posições impostas pelo patriarcado. No cenário belo-horizontino, um dos grupos a se posicionar nos palcos de forma militante foi o das Bacurinhas que traz ao Verão Arte Contemporânea (VAC) a peça “Calor na Bacurinha”. Composta por onze atrizes, a peça, que teve início em 2014, chegou a atrair 2.500 pessoas, após sua segunda temporada.
 
Para a atriz Ana Cecília, o espetáculo, que usa o nu artístico como linguagem, é um grito pela liberdade, para que todas as mulheres possam usufruir plenamente do seu direito de ser exatamente como são sem sofrer opressões. “É um espetáculo feito por mulheres onde a gente, de forma descontraída, faz um levante de vozes da várias mulheres importantes para a história. Em um primeiro momento, somos onze mulheres nuas no palco e muita gente se sente afrontada, mas apesar disso o retorno que temos tem sido bem positivo”, disse.

Crédito: Bia Lile

 
Mas, apesar de serem muitas as reações favoráveis, as meninas também já se surpreenderam com as reações negativas como agressões pela internet.
 
“Eram discursos terrivelmente machistas, reacionários e violentos. Muita gente, inclusive eu, questionou: A esta altura do campeonato, não era para o nu causar tanto burburinho, choque, ou mesmo reações conservadoras e machistas. Outros diriam, questões antigas como a nudez e a menstruação, não são mais questões a serem discutidas já que são, ora pois, antigas. Até que ponto a nudez não reforça a objetificação da mulher?”, indagou, em um artigo publicado no portal Primeiro Sinal, a atriz Marina Viana.
 
O espetáculo, que estará em cartaz a partir do dia primeiro de fevereiro, incide na proposta de trazer à tona um reavivamento e uma atualização da história da mulher muitas vezes solapada pelo machismo.
 

Serviço:

Quando: 1 de fevereiro a 5 de fevereiro

Onde: CCBB (Praça da Liberdade, 450, Belo Horizonte)

Quanto:R$10 (Inteira) R$5 (Meia)

 

 
 
 

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